A pegada de carbono é uma métrica essencial para avaliar o impacto ambiental das atividades humanas em termos de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Com o agravamento das mudanças climáticas, medir e reduzir essas emissões são essenciais para tornar uma indústria mais sustentável e comprometida com a descarbonização.
Neste artigo, vamos abordar o que é pegada de carbono, como ela é calculada, além de apontarmos algumas práticas para reduzir as emissões ao implementar soluções de geração de energia limpa, como o biogás e a biomassa, que podem diminuir, significativamente, a pegada de carbono na indústria.
A pegada de carbono é a medida que quantifica a totalidade de gases de efeito estufa (GEE) como Dióxido de Carbono (CO₂), Metano (CH₄) e Óxidos de Nitrogênio (N₂O). Esse conceito abrange todas as fontes de emissões, diretas ou indiretas, desde as primárias como a queima de combustíveis em veículos e usinas de energia até a produção e descarte de bens de consumo.
Esta métrica é essencial para entender como cada ação contribui para o aquecimento global e as mudanças climáticas. As emissões de Dióxido de Carbono (CO₂) e outros gases poluentes lançados pelas indústrias na atmosfera contribuem para o efeito estufa, que é o aumento da temperatura do planeta. Por isso, o monitoramento da pegada de carbono das indústrias tornou-se um dos indicadores referência.
Levantamento publicado em 2022 pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, mostrou que, em 2021, o Brasil alcançou o maior volume de emissões em 20 anos.
Foram 2,42 bilhões de toneladas de CO₂ lançadas na atmosfera. Na comparação com 2020, a taxa subiu 12,2%, ano em que o país emitiu 2,16 bilhões de toneladas de gases.
Diante das estatísticas, saber o impacto que as atividades do negócio causam é fundamental para tomar medidas concretas de redução das emissões.
Desta forma, é essencial que as indústrias saibam como calcular sua pegada de carbono para implementar medidas para reduzi-la, tornando seus processos mais sustentáveis. Ao realizar o cálculo da pegada de carbono de uma indústria, é possível identificar áreas críticas para a redução de emissões e adotar práticas mais sustentáveis, ajudando a reduzir os impactos ambientais e promover a sustentabilidade global.
Cálculo da pegada de carbono
O cálculo da pegada de carbono pode ser realizado de algumas maneiras. Devido à complexidade envolvida na obtenção desses dados, é recomendável contar com o suporte de uma consultoria especializada para analisar todos os processos operacionais da produção, desde o consumo de energia, uso de matérias-primas e seu descarte, até a entrega final ao consumidor.
Com as informações adequadas, as indústrias podem revisar seus processos de gestão, identificando e atuando nos pontos da cadeia produtiva que mais contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
Esse trabalho pode promover mudanças substanciais na cultura organizacional, desenvolvendo uma estratégia em que a sustentabilidade industrial se torna prioridade, impactando não apenas os processos, mas também o comportamento de toda a equipe.
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As emissões de carbono têm diversas origens, e compreender essas fontes é essencial para a elaboração de estratégias eficazes de redução na indústria.
As atividades humanas, especialmente aquelas relacionadas à produção de energia, transporte e processos industriais, são os principais responsáveis pela liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa na atmosfera.
A seguir, vamos explorar os principais setores da economia e suas respectivas fontes de emissões de carbono, destacando como cada uma delas contribui para o aumento da pegada de carbono global e impacta o meio ambiente.
Atualmente, o setor de energia é o maior contribuinte dentre as principais fontes de emissões de carbono (CO₂), com a queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural para a geração de eletricidade e calor. Essa atividade libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, agravando o efeito estufa.
As usinas termelétricas e o transporte, incluindo carros, caminhões, aviões e navios, são os principais responsáveis pelas emissões nesse setor.
Outro setor significativo é a indústria, em que processos de produção e manufatura geram emissões substanciais de gases de efeito estufa. A fabricação de cimento, aço e produtos químicos, por exemplo, emite grandes volumes de CO₂ e outros GEE.
Além disso, a extração e o processamento de matérias-primas, bem como o consumo de energia nas operações industriais, contribuem significativamente para a pegada de carbono global.
A agricultura e a pecuária também são fontes importantes de emissões de carbono. A produção agrícola libera Metano (CH₄) e Óxidos de Nitrogênio (N₂O) por meio de atividades como a digestão de ruminantes, o manejo de esterco e o uso de fertilizantes sintéticos.
A desflorestação para a expansão agrícola e a criação de pastagens libera CO₂ armazenado nas árvores e no solo, aumentando ainda mais as emissões globais. Esses setores são cruciais para a alimentação mundial, mas sua contribuição para as mudanças climáticas exige práticas mais sustentáveis e eficientes.
O impacto ambiental da pegada de carbono é vasto e multifacetado, principalmente por meio do agravamento das mudanças climáticas. A liberação excessiva de gases de efeito estufa (GEE) intensifica o efeito estufa natural, elevando as temperaturas globais e uma série de impactos. Veja a seguir.
– Aquecimento global: O aquecimento resulta em derretimento de geleiras e aumento do nível do mar, ameaçando comunidades costeiras e ecossistemas inteiros.
– Eventos climáticos extremos: Afetando padrões climáticos, o impacto ambiental causado pelas consequências resulta em eventos climáticos extremos, como furacões, secas severas e
inundações frequentes. Esses fenômenos não só causam devastação imediata, mas
também comprometem a segurança alimentar e hídrica, afetando milhões de pessoas
ao redor do mundo.
– Ecossistemas ameaçados: Os ecossistemas terrestres e marinhos sofrem significativamente com o aumento das emissões de carbono. Oceanos, que absorvem cerca de um terço do CO₂ emitido,
tornam-se mais ácidos, prejudicando a vida marinha, especialmente corais e moluscos. Nas florestas, o aumento das temperaturas e as mudanças nos padrões de precipitação afetam a biodiversidade, resultando na perda de habitats e na extinção de espécies.
– Impactos socioeconômicos: Além dos impactos ambientais diretos, a pegada de carbono tem consequências socioeconômicas profundas. Comunidades vulneráveis, especialmente em países em
desenvolvimento, enfrentam desafios crescentes devido à falta de recursos para se adaptar às mudanças climáticas. A migração forçada, a escassez de alimentos e água, e os conflitos por recursos são apenas algumas das questões exacerbadas pelo aumento das emissões de GEE.
A biomassa e o biogás são fontes de energia renovável que podem desempenhar um papel fundamental na redução da pegada de carbono na indústria. Ao utilizar resíduos orgânicos e outras matérias-primas naturais, essas soluções fornecem alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, permitindo uma geração de energia limpa e eficiente.
Biomassa
A biomassa consiste em matéria orgânica de origem vegetal ou animal que pode ser utilizada para a geração de energia térmica e elétrica. Quando comparada aos combustíveis fósseis, a biomassa apresenta uma redução significativa das emissões de CO₂, pois o carbono liberado durante a combustão é compensado pelo carbono absorvido pelas plantas durante seu crescimento. Veja a seguir os benefícios da biomassa.
O biogás é produzido por meio da digestão anaeróbia de resíduos orgânicos, como esterco, resíduos agrícolas e lixo orgânico. Este gás é composto principalmente por metano e dióxido de carbono e pode ser utilizado tanto para a geração de eletricidade quanto para o fornecimento de calor. Na indústria, os benefícios do biogás são diversos. Veja abaixo.
A integração de tecnologias de biomassa e biogás na matriz energética industrial exige uma abordagem planejada e estratégica.
A Ecogen pode fornecer suporte técnico e financeiro, além de desenvolver projetos personalizados de geração de utilidades sustentáveis adaptados às necessidades específicas de cada indústria.
Integrar biomassa e biogás ao processo produtivo não só sustenta a transição energética, mas também posiciona a indústria como líder em práticas sustentáveis.
Além de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, a redução da pegada de carbono traz diversos benefícios tangíveis para a indústria.
A eficiência energética resultante diminui custos operacionais e melhora a competitividade no mercado global. Mais ainda, práticas sustentáveis fortalecem a imagem corporativa, atraem investidores conscientes e atendem às exigências regulatórias em constante evolução.
Explorar e implementar soluções sustentáveis é uma responsabilidade coletiva e uma oportunidade para liderar no setor industrial. À medida que trabalhamos para uma energia mais limpa e processos de produção com menor impacto ambiental, promovemos um futuro mais sustentável para todos.
A Ecogen está comprometida em fornecer soluções energéticas que ajudem a reduzir a pegada de carbono e promovam a sustentabilidade industrial.
Entre em contato conosco para saber mais sobre como podemos colaborar na implementação dessas soluções em sua indústria.